Criar conteúdo, essa expressão que foi entronada com a explosão das redes sociais, virou uma assombração para alguns, e ganha-pão para outros, muito poucos por sinal. E foi o que me fez descobrir essa plataforma, que até dois meses atrás eu desconhecia, confesso: vendo escritores que eu sigo no Instagram divulgar suas news de assuntos aleatórios.
Eu, revisora de "nascimento", pelo menos de nascimento profissional, comecei a me aventurar na escrita há pouco menos de 1 ano. E olha que já tenho 43!
A essa altura a maioria já ganhou prêmios ou foi no mínimo finalista (pelo menos é o que dizem), e eu apenas engatinhando.
Claro, sempre escrevi, in secreto, sempre li muito, até pela natureza da minha profissão, mas depois que li “A Pediatra”, da brilhante e concisa Andréa Del Fuego, fui tomada por uma ânsia de botar minhas histórias no mundo também, não só corrigir as criações dos outros ou guardar para mim as minhas combinações de palavras.
Quis eu mesma criar minhas histórias e compartilhar meus textos, ou conteúdo, seja lá como cada um gosta de denominar a escrita hoje em dia.
Feliz ou infelizmente (dependendo da sua natureza), se autopromover nas redes virou uma necessidade para quem quer ser notado, visto e até lido!
Pois é, até autores importantes, que vendem bem, estão praticamente todos nas redes sociais, salvo exceções. Vender livro apenas pela genialidade ou originalidade, seja lá o que realmente atrai os leitores, virou coisa do passado, o que é um pesadelo para pessoas discretas como eu (ou será que “discretas” não esconde um forte traço de timidez, medo de julgamento alheio?).
Seja lá o que for, pudera eu ser uma Elena Ferrante da vida, escrever livros brilhantes, viver no anonimato e ser um sucesso.
Era esse o meu sonho, mas o mundo guarda essa sorte para apenas alguns escolhidos. E é melhor não contar com ela.
Renata Lutz, esse é meu pseudônimo, e aqui vou trazer meus escritos sem censura, sem autocensura (que é seguramente a pior delas), esperando um dia colher da mesma sorte que a Ferrante experimentou. Quem sabe?